ASSASSINADO O 1º MINISTRO DE ISRAEL – YITZHAK RABIN
4 DE NOVEMBRO 1995
O 1º Ministro de Israel Itzak Rabin foi assassinado por um radical de direita em Israel no dia 4 de Novembro de 1995. Minutos antes, ele havia participado de uma grande manifestação pela paz.
Era sábado à noite e cerca de 100 mil manifestantes ouviam discursos políticos e cantavam pela paz com os palestinianos. Dois anos antes, Israel assinara com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) o acordo de Oslo, que previa, em primeiro lugar, o reconhecimento mútuo. Tinha como base o conceito de terra por paz: durante a fase intermediária de negociações, Israel entregaria à administração palestina territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia.
A execução do acordo, porém, era negada pela oposição nacionalista, liderada pelo ex-1º Ministro Benjamin Netanyahu, então líder do Likud. Rabin era acusado pelos adversários de trair a pátria. Era considerado taciturno, reservado e arrogante, mas o reconhecimento mundial obtido por seu papel no processo de paz parecia libertar as suas emoções.
Rabin estava convicto de haver dado o passo certo em Oslo e satisfeito com o apoio recebido da população. A caminho do carro oficial, que o esperava atrás do palco, foi atingido por dois tiros. Foi levado às pressas para o hospital, mas não resistiu. O assassino, Igal Amir, um estudante de Direito de 25 anos, foi preso no local do crime e, mais tarde, condenado à prisão perpétua.
Apesar de estar a sofrer ameaças, Rabin recusara-se a usar colete à prova de bala. O primeiro a manifestar suas condolências foi o líder palestino Iasser Arafat, num gesto que na “antifada” de 1987 ainda era impensável.
Os dois arqui-inimigos haviam partilhado o Prêmio Nobel da Paz de 1994 pelo aperto de mão histórico, ao selarem o acordo de Oslo, em Washington. A morte de Rabin só foi festejada por alguns grupos radicais no Líbano. O ex-presidente Bill Clinton lamentou a morte, enfatizando ter perdido “um parceiro e amigo”.
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