Ataque americano na Síria pode ter matado carrasco do EI
Um dos homens mais procurados do mundo, o "Jihadista John", carrasco britânico do grupo Estado Islâmico (EI) que decapitou vários reféns estrangeiros, foi alvo de um ataque dos Estados Unidos na Síria, mas ainda não há confirmação de sua morte.
"Ainda não temos certeza do sucesso do ataque" contra Mohammed Emzawi, mas a morte "desse assassino bárbaro seria um golpe no coração do Estado Islâmico", afirmou nesta sexta-feira o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em uma breve declaração à imprensa.
"Foi um ato de autodefesa, a coisa certa foi feita", acrescentou o primeiro-ministro, defendendo a legitimidade do ataque.
Emwazi, um cidadão britânico, participou em vídeos que mostram os assassinatos dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário americano Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, do jornalista japonês Kenji Goto além de outros inúmeros reféns.
O Pentágono informou que o ataque aéreo, realizado quinta-feira à noite, ocorreu em Raqa (norte da Síria), a capital do 'califado' autoproclamado em 2014 pelo Estado Islâmico.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede na Inglaterra, informou que quatro pessoas morreram em um ataque nesta madrugada em Raqa.
O porta-voz do Pentágono, Peter Cook não informou se Mohamed Emwazi morreu, afirmando apenas que "os resultados da operação realizada durante a madrugada estão sendo avaliados e informações adicionais serão dadas quando for apropriado", segundo comunicado.
Já a cadeia CNN e o jornal Washington Post, citando dirigentes americanos, afirmam que o ataque foi realizado com um drone e que o objetivo foi identificado vários dias antes pela inteligência americana.
Familiares das vítimas do terrorista comemoraram o ataque.
"Senti alívio ao saber que ele nunca mais aparecerá em um desses vídeos horríveis", declarou à televisão ITV Bethany Haines, filha de David Haines.
"Eu queria que o mascarado covarde sofresse da mesma forma que Alan e seus amigos, mas estou feliz que tenha sido destruído", tuítou Stuart Henning, sobrinho de Alan Henning.
Por sua vez, Diane Foley, a mãe do jornalista americano James Foley, criticou o fato de haver mais esforços para acabar com Emwazi "do que para resgatar esses jovens americanos quando estavam vivos."
Kerry diz que EI está com os dias contados
O secretário americano de Estado, John Kerry afirmou nesta sexta-feira que os dias do grupo jihadista Estado Islâmico estão contados e que os extremistas vão ser derrotados.
Fonte: CLAUDÉRIO AUGUSTO
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